Portugueses tendem a tolerar drogas leves
Painel de especialistas diz que haxixe é visto como menos prejudicial que o tabaco
Um painel de especialistas em toxicodependências disse, esta terça-feira, que a sociedade portuguesa tende a tolerar o consumo das chamadas drogas leves, como o haxixe, equiparando-o ao vício de fumar ou considerando-o mesmo menos prejudicial, escreve a agência Lusa.
«Vemos uma prevenção primária quase agressiva relativamente ao tabaco e, depois, em relação à cannabis (haxixe), nem tanto», considerou Manuel Freitas Gomes, director da Clínica do Outeiro, especializada em tratamento de toxicodependentes.
«O consumo do tabaco restringe-se. Com as outras drogas criam-se condições para o seu uso», criticou o presidente da Associação para um Portugal Livre de Drogas, Manuel Pinto Coelho.
Estas posições foram expressas no primeiro de dois dias do congresso nacional «A Sociedade e os Comportamentos Desviantes», que decorre no Porto, com organização da Universidade Fernando Pessoa.
«Em algumas subculturas juvenis entende-se que é menos prejudicial um charro (cannabis) do que fumar um cigarro», admitiu o presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), João Goulão, outro dos participantes no congresso, em declarações à Lusa.
O presidente do IDT referiu a preocupação do seu instituto em combater «uma certa ideia de inocuidade» associada ao consumo de cannabis, ecstasy (droga sintética) ou mesmo de cocaína.
«Salas de chuto não chegam»
João Goulão admitiu também que a troca de seringas nas cadeias e as «salas de chuto» para dependentes de heroína «só fazem sentido» se acompanhadas por outras medidas.
«Isto faz parte de um pacote de 87 medidas, no âmbito de um plano que vigora até 2008 e que deve ser implementado por inteiro. Pegar nestas medidas isoladamente não faz qualquer sentido», afirmou.
João Goulão disse que «entende» o «ruído» criado em torno da troca de seringas e das salas de chuto, mas acrescentou que existe «algum oportunismo» por parte de quem afirma que as medidas propostas «são apenas estas».
As salas de chuto «são medidas que têm como objectivo aproximar as franjas mais organizadas da população toxicodependente às estruturas de saúde», acrescentou.
Na mesma linha de pensamento, o presidente do IDT disse que o programa de troca de seringas para detidos toxicodependentes «não faz sentido se não houver a garantia de que o recluso toxicodependente, com SIDA ou hepatite tenha acesso ao tratamento».
Notícia em: Portugal Diário
3 Comments:
ei...
na minha opinião os governos não legalizam as drogas, porque se o fizerem irão perder dinheiro....isso mesmo, perder. se o governo legalizar vai ter de com prar para depois vender, mas por enquanto que nao legalizar é so vender....por isso eles não tem muita pressa em legalizar...e so a minha opinião...
Apoio 100% este movimento....
Isto é so a minha opinião, não quero ofender nínguem.....
Se o tráfico aumenta, se cada vez mais dinheiro é investido na luta contra o tráfico, se cada vez há mais pessoas em pobres condições de vida a serem escravizadas pelo mercado de tráfico global, se cada vez há mais fumadores de canábis, se cada vez o produto de consumo é pior para haver mais lucro para os traficantes, se olhamos para países como a Holanda onde existe consciencia e diversidade, onde cada um é livre de fazer o que deseja desde que não afecte o próximo e onde o nível de consumo é um dos mais baixos da Europa...
Porque não legalizar?
ya tambem acho, porque nao legalizar
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