O que mudou de 2007 para 2008?
Depois do sucesso das edições anteriores, a Marcha Global da Marijuana vai realizar-se pela terceira vez em Lisboa e pela segunda vez no Porto. O propósito destas marchas foi o de chamar a atenção para o problema da proibição da canábis com o intuito de colocar o assunto na agenda política, e com os objectivos atingidos de provocar o debate e de mobilizar os defensores da legalização para uma marcha pacífica que decorreu em ambiente de festa em ambas as cidades.
Contudo, desde então foi notório o assédio das forças policiais aos pequenos produtores. Em contrapartida, o problema do grande tráfico internacional mantém-se, com características especiais em Portugal, visto que o nosso país é umas das portas de entrada para o mercado Europeu. Neste contexto, não podemos deixar de reprovar que o ataque seja feito sistematicamente às pequenas plantações de pessoas que se dedicam ao auto-cultivo apenas para consumo próprio que evitam recorrer ao mercado negro para se abastecer. O auto-cultivo é a única forma eficaz de combater o tráfico. Quem for auto-suficiente em termos de produção, deixa de ter necessidade de recorrer aos “dealers” e passa a ter a garantia de qualidade do produto que consome. Assim, a MGM sugere que a sociedade reflicta sobre os benefícios que a legalização da canábis pode trazer ao país em termos de saúde pública e de combate ao tráfico.
Recusamos e denunciamos a falácia da política de repressão quando a prioridade das autoridades é a perseguição do consumidor-produtor em vez de ser o combate aos grandes traficantes. Porque apesar das notícias que, de vez em quando, anunciam a apreensão de alguns quilos ou algumas toneladas de haxixe, rara é a vez que a polícia apanha os cabecilhas das redes de tráfico de droga.
Notícia em: MGM Lisboa
Imagem: High Times
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