Almeida Santos defende um fim do tráfico de droga
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Mas, como realçou Almeida Santos, esta medida não pode ser tomada apenas por um país, teria de ser objecto de uma convenção de espectro multinacional, onde os Estados sigantários se obrigariam a adquirir a baixo preço as drogas na origem e a fornecê-las gratuitamente, em estado puro, ao possuidores de cartão de identidade de toxicodependente.
Manifestando-se contra os métodos repressivos e a despenalização do tráfico, Almeida Santos defende um via alternativa, nunca antes tentada, o fim da pressão do tráfico sobre o consumo.
Como? Através de "um Estado anti-tráfico, o Estado que rouba o "brinquedo" ao traficante todo poderoso", ou seja, com Estados que, agindo em conjunto, acabem com o lucro dos traficantes.
Almeida Santos, que falava na sessão de apresentação do primeiro Relatório Anual do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, vê "vantagens imediatas" nesta fórmula que defende, nomeadamente, o fim da criminalidade ligada à procura ilícita de meios para adquirir a droga, o esvaziamento, para metade, das prisões, a redução da criminalidade internacional organizada (cujos "comércios" afins, como o tráfico de armas e sexual e o terrorismo são, na sua opinião, sustentados por fabulosos lucros obtidos na venda de drogas)...
Artigo em: Jornal de Noticias (1997)
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