Movimento pela Legalização da Canábis

2006-11-28

Julgamento de Miguel Beleza Tavares

O dinheiro pago pela actuação do projecto musical ‘Tríade’, num clube em Lisboa, foi apresentado por duas testemunhas abonatórias de Miguel Beleza Tavares como justificação da elevada quantia apreendida em casa do arguido, que é acusado de tráfico de droga.
O amigo Joel Silva, que admitiu ter consumido haxixe com o filho da ex-ministra Leonor Beleza, afirmou ontem, em Tribunal, que o projecto musical – de que ambos faziam parte – arrecadou cerca de quatro mil euros pela actuação. “Dividimos parte do dinheiro. Eu recebi cerca de 30 por cento. O resto seria para futuros eventos”, explicou, acrescentando ser possível que o dinheiro apreendido fosse relativo a esse espectáculo: “Acredito que fosse desse evento.”

Também Diogo Mendonça Rodrigues Tavares, pai de Miguel Beleza Tavares, justifica a verba apreendida com essa actuação. “Numa festa que ele deu, pediu-me cerca de 800 euros para caução, para as bebidas do evento. Disse-lhe que não me sentia cómodo com essa actividade”, começou por dizer o pai. Sendo Miguel estudante, Diogo Tavares admitiu transferir-lhe para a conta bancária uma mesada de 400 euros, por vezes reforçada conforme as necessidades do filho.

Quanto às viagens de Miguel Beleza a Marrocos, Rodrigues Tavares fez notar que o filho ia frequentemente a outros países, como México, Cuba ou Caraíbas, viagens pagas pelo pai. Foram ouvidas mais 13 testemunhas abonatórias.

Miguel Beleza, de 26 anos, filho da vice-presidente da Assembleia da República, Leonor Beleza, foi detido em Junho de 2004 na sequência de uma mega-operação da PSP de Lisboa que, durante meses, teve debaixo de olho uma rede de pessoas suspeitas de vender droga na Área Metropolitana da capital.

Notícias em: Correio da Manhã / Notícia de 2004

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1 Comments:

At 30/11/2006, 13:21:00, Anonymous Anónimo said...

Liberdade, mas só para os ricos..

 

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