Movimento pela Legalização da Canábis

2006-12-31

Sete detidos Operação Natal em Segurança

A PSP de Aveiro deteve sete pessoas no âmbito da Operação Natal em Segurança 2006 em Aveiro, Espinho, Ovar, Santa Maria da Feira e São João da Madeira, na noite e madrugada de 29 para 30 de Dezembro, mobilizando 94 elementos policiais e 26 viaturas.
Foram efectuadas acções de fiscalização rodoviária, prevenção criminal e fiscalização administrativa, com especial incidência em zonas de diversão nocturna, tendo-se verificado os seguintes resultados.

Os sete foram detidos, três por tráfico de estupefacientes, três por falta de habilitação legal para conduzir e um por condução sob o efeito do álcool. Foram fiscalizadas cerca de 1200 viaturas, 29 das quais registaram excesso de velocidade.
A PSP submeteu 235 condutores fao teste de alcoolémia, tendo-se verificado que 6 conduziam com taxas proibidas, um deles com valor superior a 1,20 g/l TAS, que foi detido.

Entre os condutores, 24 não se faziam acompanhar dos devidos documentos pessoais ou das viaturas.

A PSP detectou ainda outras 56 infracções ao Código da Estrada e legislação complementar, num total de 90 contra-ordenações e foram apreendidas 4 viaturas e 11 documentos por não pagamento de contra-ordenações;

Identificou ainda oito pessoas por consumo de estupefacientes na via pública e apreendeu 236 doses de haxixe aos traficantes detidos e consumidores identificados.
Na fiscalização de estabelecimentos de diversão nocturna, foram detectados em Aveiro 5 a funcionar para além do limite legal e 1 sem Licença de Utilização e em São João da Madeira 3 menores a consumir bebidas alcoólicas.

Notícia: On Line News

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2006-12-30

A Marijuana é a cultura mais lucrativa nos Estados Unidos

Contra todas as previsões, e escapando das proibições, o cultivo de maconha nos Estados Unidos tem crescido de maneira destacada nos últimos 20 anos para se transformar no mais rentável do país, com uma produção anual de US$ 35,8 bilhões.

É o que diz um estudo elaborado por Jon Gettman, líder da Coalizão para a Requalificação do "Cannabis". O relatório revela que a maconha é a colheita que mais dinheiro gera no país, acima da soma da receita do milho e do trigo.
A associação se dedica a tentar tirar da clandestinidade a maconha. O objetivo para 2007 é reabrir o debate sobre a legalização do uso médico da droga no Congresso dos EUA.

Os dados da associação afirmam que a maconha é o cultivo mais rentável em 12 estados do país, uma das três colheitas que geram mais renda em 30 e um dos cinco primeiros em 39.

A Califórnia lidera a produção, com 3.800 toneladas (quase 40% do total do país). O estado abriga 13% dos consumidores freqüentes de todo o país.
A colheita californiana supera em valor a soma da de uvas, verduras e feno.

O cultivo no Alabama supera o de algodão. Na Geórgia, movimenta mais dinheiro que o de amendoins. Na Carolina do Sul e Carolina do Norte, é maior que o do fumo.
O estudo é baseado em números oficiais do Governo americano obtidos em relatórios de diversas agências federais. Agora, Gettman e sua associação pretendem reavivar um assunto abandonado desde 2002, época da última tentativa frustrada de legalização da maconha com fins médicos.

O Tribunal Federal de Apelação do distrito de Columbia deu a razão ao Departamento Americano Antidroga (DEA) e rejeitou a solicitação da coalizão para que a maconha saísse da lista de substâncias controladas para seu uso terapêutico.

No entanto, Gettman alega que a produção de maconha cresceu 10 vezes nos últimos 25 anos, alcançando uma produção de 10 mil toneladas anuais. O crescimento se choca com os esforços do Governo por acabar com o cultivo.

Em 2005, as forças policiais americanas só conseguiram confiscar 282 toneladas, menos de 3% do total.
"Após o fracasso dos planos de erradicação intensiva, chegou o momento de considerar seriamente a legalização da maconha nos EUA", diz o documento, acrescentando que "a maconha se tornou uma parte onipresente da economia nacional".
O relatório sugere que a legalização do uso terapêutico deixaria nos cofres do estado uma elevada soma de impostos. O dinheiro serviria, além disso, para compensar o custo social e sanitário de seu uso para outros fins.

A coalizão pede que o Governo considere o fato de que a ilegalidade da droga, a mais usada pelos americanos segundo a DEA, leva grandes quantidades de dinheiro para quadrilhas criminosas.

Na opinião de Gettman, o valor da "erva" aumenta pelo fato de sua ilegalidade dificultar a produção e distribuição.

O estudo avalia em US$ 3.500 o valor de um quilo de maconha.

Segundo os documentos policiais, o preço na rua varia entre US$ 4.500 e US$ 9 mil.

Apesar das dificuldades, Gettman e sua associação não perdem a esperança em 2007. Eles já trabalham para reabrir o debate nas instituições do país.

Notícia: A Tarde Online [BR] / Diário de Notícias

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2006-12-28

Sintra: Levava haxixe ao irmão na cadeia

Um jovem de 17 anos foi detido no Estabelecimento Prisional (EP) do Linhó, em Sintra, quando foi encontrado na sua posse haxixe suficiente para a elaboração de quase 600 doses individuais. A droga destinava-se ao irmão, detido naquela cadeia.

O suspeito deslocou-se ao EP do Linhó na tarde do dia de Natal. Residente em Loures, era visita habitual daquela cadeia, onde tem detido um irmão mais velho.

“Trata-se de um homem, entre os 20 e os 25 anos, a cumprir pena por tráfico de droga”, disse ao CM uma fonte policial.

À entrada da cadeia, o jovem foi revistado pelos guardas prisionais de serviço. “Trata-se de um procedimento de segurança normal em todas os estabelecimentos prisionais e que é aplicado a todos os visitantes”, referiu uma fonte prisional contactada pelo nosso jornal.

O comportamento nervoso do jovem levou os guardas prisionais a solicitar a presença de um cão da GNR, especializado na detecção de estupefacientes e os resultados não tardaram a surgir.
“O jovem trazia, ocultados entre a roupa, vários pedaços de haxixe”, acrescentou o mesmo informador da GNR.

Os guardas prisionais de serviço no EP do Linhó solicitaram o auxílio dos militares do posto da GNR de Alcabideche. A patrulha, que se deslocou ao local, deu de imediato voz de detenção ao jovem.

“Os estupefacientes foram pesados e constatou-se serem suficientes para a elaboração de 577,5 doses de haxixe. O jovem confessou ter os estupefacientes para entregar ao irmão, que, para além de estar a cumprir pena por tráfico, é também toxicodependente”, referiu a fonte da GNR.

O jovem foi levado para o posto da GNR de Alcabideche. Por se estar a atravessar um período de férias judiciais, foi libertado, e aguarda julgamento em liberdade.
Texto: Miguel Curado
Imagem: Arquivo CM


Notícia: Correio da Manhã

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2006-12-27

Processos por consumo sobem 17%

No ano passado registaram-se 6260 contra-ordenações por consumo de drogas, um número que traduz um aumento de 17 por cento face às 5370 infracções verificadas no ano anterior. Segundo o último relatório do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), os números de contra-ordenações oscilaram entre os 5580 registados em 2002 (primeiro ano após a descriminalização do consumo de drogas), 6100 em 2003, 5370 em 2004 e as 6260 de 2005 (número mais elevado).

Recusando minimizar os efeitos do aumento, "em especial no que respeita ao consumo de haxixe [crescimento de 17,5%]", o presidente do IDT, João Goulão, salvaguarda, porém, em declarações ao CM, que "é prematuro tirar conclusões generalizadas com base nestes números". Para o responsável, "mais significativo é o crescente peso relativo do haxixe nas infracções, assim como a tendência para um maior consumo de cocaína [que regista em 362 casos em 2005, contra 277 em 2004] e dos policonsumos”, sobretudo a associação de heroína com cocaína, que aumentou cerca de 60%.

DISTRIBUIÇÃO REGIONAL

Considerando a distribuição geográfica, os distritos mais populosos são também os que apresentam maior número de infracções, com Lisboa (1605) e Porto (1346) à frente, logo seguidos de Braga (447), sendo Faro (431) a primeira excepção à regra populacional. Bragança (43), Portalegre (62) e Guarda (65) são os distritos com menos processos por consumo.

Quando ponderada a taxa de processos por 100 mil habitantes, Beja (169) e Faro (109) ultrapassam Porto (76) e Lisboa (75) como distritos mais problemáticos. Na mesma taxa (processo por 100 mil habitantes), Bragança (29) mantém-se como distrito mais 'calmo', seguido de Leiria (31) e Santarém (35).

Aplicada à faixa etária de maior prevalência de consumos, entre os 15 e os 39 anos, a referida taxa mantém Beja (532 casos) e Faro (310) como distritos mais problemáticos, seguidos de Lisboa e Viseu (ambos com 205). Nesta faixa etária, Leiria (87) assume o lugar de Bragança (94) e Santarém (104) continua como terceiro distrito menos problemático.

METADE SÃO 'PENDENTES'

Dos 6260 processos de contra-ordenação registados este ano, 3068 estão ‘pendentes’, enquanto os restantes foram arquivados (1638) ou se encontram suspensos (1554). O crescente número de processos pendentes (1474 em 2003 e 1739 em 2004) pode ser atribuível à indefinição porque actualmente passam pelas Comissões de Dissuasão da Toxicodependência (CDT), alvo de uma redefinição geográfica e de funcionamento.

Por exemplo, a ex-presidente da CDT de Lisboa, Maria Antónia Almeida Santos, abandonou o cargo para ocupar o lugar de deputada pelo PS, em cujas listas foi eleita nas legislativas de Fevereiro de 2005. Desde então, conforme referiu ao CM um antigo membro desta CDT – a que tem maior volume de processos e na qual todas as 1605 infracções de 2005 estão classificadas como ‘pendentes’ – “ainda não foi nomeado novo(a) presidente para a comissão”.

Com 3841 processos (um crescimento de 17,5% face aos 3267 casos de 2004), as infracções por consumo de haxixe representam mais de metade das contra-ordenações totais.

A heroína, com 864 casos, é a segunda principal causa das infracções por consumo, mas o aumento de 5,8% fica aquém do crescimento médio. Mais preocupantes são os 684 processos de polidrogas (mais 60% do que os 425 do ano anterior), sendo a heroína com cocaína a principal associação.
Os restantes processos distribuem-se por "substância incógnita" (338), liamba (118), ecstasy (33) e "outras" (20). Ainda que com um diminuto peso relativo face ao número total, os 33 casos de ecstasy quase duplicam os 19 registados em 2004, depois de uma tendência decrescente (29 em 2002 e 24 em 2003).

GEOGRAFIA DAS DROGAS

Numa relação entre o tipo de drogas e zona geográfica é de notar que o haxixe é mais frequente em Lisboa (1036), Porto (945) e Aveiro (301) e mais raro em Bragança (26), Castelo Branco e Guarda (30). Lisboa volta a ser o distrito onde a heroína é mais comum (181 processos), mas agora seguido de Faro (143) e Braga (114).
Relativamente à cocaína, Lisboa repete o primeiro lugar (108 infracções), com o dobro do Porto (54). Refira-se que no mapa publicado nesta página não constam os casos de consumo de droga referentes à liamba e às polidrogas. As drogas desconhecidas e outras, que não as referidas, também não estão incluídas.

DECIDIDAS 476 SANÇÕES

Apesar da maioria de processos ‘pendentes’, em 2005 foram decididas 476 sanções pelo consumo de drogas, o que corresponde a um aumento de 22% face às 389 sanções decretadas pelas Comissões de Dissuasão da Toxicodependência (CDT) no ano anterior.

A distribuição por tipo de sanção é semelhante de um ano para o outro, surgindo como primeira e principal a obrigatoriedade de "apresentações periódicas" (235), a maioria das quais (105) perante a própria CDT. A obrigação de o infractor se apresentar perante a PSP (39), num Centro de Atendimento à Toxicodependência (CAT), em 32 casos, ou na GNR (29) foram outras opções para as ditas "apresentações periódicas". Como segunda opção surgem as sanções pecuniárias, aplicadas em 195 casos.

EUROS COM RESÍDUOS DE COCAÍNA

O jornal espanhol ‘El Mundo’ encomendou a um laboratório catalão a análise dos resíduos de substâncias existentes nos euros em circulação. O resultado foi quase desconcertante: nove em cada dez notas têm resíduos de cocaína.
As cem notas foram recolhidas em cinco cidades distintas – Barcelona, Bilbao, Madrid, Valência e Sevilha – em locais tão diferentes como uma cervejaria, um táxi, um ginásio, uma farmácia ou um quiosque. Da amostra recolhida, só três notas provenientes de Madrid e outras três de Sevilha nunca tinham estado em contacto com cocaína.

Nas restantes 94 foram recolhidos 2518 microgranas de droga, ou seja, 25,18 microgramas por nota. Os especialistas têm dificuldade em apurar quantas terão estado em contacto directo com a substância e quantas terão sido contaminadas, mas testemunhos de alguns viciados revelam que uma pessoa que ‘snife’ diariamente usa quatro notas e um consumidor de fim-de-semana uma média de 200 notas por ano.

SOLTEIRO NÃO QUALIFICADO

A existir um perfil médio do consumidor de drogas em Portugal, este seria do sexo masculino, de 20 a 24 anos, solteiro, a viver em casa dos pais, com o 3.º ciclo do Ensino Básico e um emprego pouco qualificado no comércio e serviços ou construção civil.
Este perfil resulta da estatística dos 5824 indivíduos responsáveis pelas 6260 contra-ordenações. Reincidentes são 346, a maioria dos quais "uma vez" (305), existindo 35 que reincidiram "duas vezes", cinco que o fizeram "três vezes" e um que reincidiu por "cinco vezes" Dos infractores, 5440 são do sexo masculino (93,4%) e 344 mulheres (6,6%).

A faixa etária entre os 20 e 24 anos é maioritária (1928). Os solteiros são 4839, dos quais 3033 vivem com os pais. A maioria das infracções é praticada por "empregados" (2412), havendo 1672 “desempregados" e 872 "estudantes". Por curiosidade: foram identificados seis "docentes" e outros dez "profissionais de actividades "intelectuais e científicas".
Texto: Rui Arala Chaves/D.R.

Notícia: Correio da Manhã

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2006-12-26

Cabo Verde: Apreensão de 11 quilos de Cocaína e Canábis

A Polícia Judiciária do Sal comunicou, no início desta semana, à imprensa local a apreensão de 11 quilos e 583 gramas de estupefacientes, Cocaína e Cannabis, entre os dias 20 e 21 de Dezembro último. Oito pessoas ligadas à posse e consumo dessas substancias ilegais já foram apresentadas ao Tribunal.
A PJ do Sal deu a conhecer à Comunicação Social o resultado de operação anti-droga e que resultou na apreensão de 11 quilos e 583 gramas de droga entre Cocaína e Cannabis.

Parco em detalhes a PJ do Sal informa que da droga apreendida entre os dias 20 e 21 de Dezembro 10 quilos e 356 gramas eram Cocaína com elevado grau de pureza proveniente do Brasil, e que se destinava, com certeza, ao consumo local.
Outros 650 gramas da Coca chegaram da cidade da Praia. Grande parte da droga foi apreendida no Aeroporto do Sal, com a colaboração do Comando da Guarda Fiscal e Direcção da Alfândega dos Espargos, a outra parte resulta investigação e rusgas da PJ local.

A restante droga apreendida era Cannabis (1 quilo e 226 gramas) também veio da cidade da Praia, igualmente para distribuição local. Como resultado dessas apreensões, oito pessoas já foram detidas e apresentadas ao Tribunal da Comarca do Sal são na sua maioria pessoas de Santiago, mas também contam-se maioria e alguns locais no rol das suspeitas. Cinco dessas pessoas vão aguardar julgamento em prisão preventiva.

Recorda-se que o tráfego e consumo de drogas no Sal são uma preocupação cada vez mais constante na ilha do Sal, estando o consumo de estupefacientes directa ou indirectamente ligado a grande parte dos crimes que acontecem actualmente na ilha do Sal.

Notícia: A Semana

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Múmia e marijuana deixam China muda

Um grupo de experts chineses começou a estudar uma múmia de 2800 anos que foi enterrada junto a plantas de marijuana. Tentam resolver o que se tornou num grande mistério arqueológico nacional, dado que a cannabis sativa não era utilizada pelas antigas civilizações chinesas.

O corpo embalsamado do que terá sido um xamã de entre 40 e 50 anos foi encontrado há três anos no oásis de Trupan, um importante ponto de passagem no século I a.C., durante o esplendor da Rota da Seda.

Até agora, os cientistas não tinham iniciado o estudo da múmia por receio de danificá-la. Quando abriram o corpo, constataram que se encontrava num estado muito pior do que imaginavam.

«É um caso especial», disse o director da Oficina do Património Cultural de Turpan, Li Xiao, que assinalou que de momento não se podia determinar a origem do embalsamado, ainda que pareça ser «uma pessoa com traços caucasianos».

Mas os arqueólogos não conseguem explicar como é que o xamã chegou a Turpan, dado que as culturas conhecedoras de cannabis se encontravam a milhares de quilómetros de distância.

Para o professor Li, a múmia poderia vir de alguma área do Mar Negro, onde a marijuana era frequentemente usada em cerimónias religiosas. Os trácios, os assírios e os persas conheciam e utilizavam a planta.
A cannabis também era conhecida na cultura hindu e não se põe de lado que a múmia tenha origem tibetana, ou de outros povos dos Himalaias já que, segundo os botânicos, foi no «Tecto do Mundo» que se desenvolveu originalmente a planta, com propriedades psicotrópicas.

A possível origem estrangeira do embalsamado não parecia encaixar-se no facto de se ter sido encontrada numa vala comum de Turpan, próximas de outras 2000 tumbas e 600 múmias. Segundo os arqueólogos, as múmias pertencem a épocas distintas, que vão desde a Idade de Bronze até à dinastia Tang (o período compreendido entre os séculos VII e X da nossa era).

Apesar do mau estado da múmia, o professor Li assinalou que os estudos continuaram de forma a chegarem a algumas conclusões sobre as origens do xamanismo no noroeste da China, uma área actualmente ocupada por etnias semelhantes aos turcos, como os kazaques.

Jia Yingyi, do museu regional, afirmou que a múmia levava roupa, botas e chapéu de couro, além de um manto de tecido com sanefas triangulares. A par com as cabeças de cannabis na bolsa, a tumba continha grandes jóias de ouro e bronze, um colar de turquesas e uma vara com tiras de cobre.

A imprensa chinesa concedeu uma atenção especial a esta múmia, esperando desvendar um pouco da sua origem e resolver o mistério da presença de marijuana, substância pouco habitual entre os chineses.
A medicina tradicional chinesa tem usado milhares de ervas ao longo da história, porque também se crê que a planta do cânhamo pode ser usada como narcótico, mas pouco difundido. A sua posse e consumo estão proibidos ainda que, como nos restantes países, as autoridades não se dão ao trabalho de perseguir os pequenos consumidores.

Muito dos vendedores de marijuana obtém a erva através das plantações na Ásia Central, cultivada pelos uigures de Xinjiang, justamente da região onde se encontrava a múmia.

Texto: dora.guennes@sol.pt

Notícia: Sol

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2006-12-25

Opinião: "A nostalgia da liberdade"

Sem surpresas por parte dos pessimistas do costume - entre os quais me encontro - o parlamento aprovou, por unanimidade, o projecto governamental do Cartão Único. A modernidade rejubilou, imbecil e histriónica e apressa-se a dizer que, depois de termos inventado a Via Verde das auto-estradas, mantemos o passo acertado com as grandes nações (o que não é verdade - na Austrália e nos EUA não há bilhete de identidade, por exemplo) temos cartão único de cidadão, basta agora começarmos a cruzar os dados: o número de cidadão, o de contribuinte, o da segurança social, em breve o da saúde, quem sabe se de o fumador de marijuana ou o de leitor de literatura obscena ou de adepto de um clube de futebol.
O ministro António Costa, alertado pelas objecções acerca do perigo de haver tamanha concentração de dados num único cartão, lembrou que "isto não é o Big Brother". Engana-se, meu Caro António Costa não é o Big Brother, mas pode ser o princípio. Nada nos garante que, daqui a uns anos, a uns meses, depois de entrar em vigor o cartão único, não exista um organismo, muito cioso da segurança do Estado e do controle dos cidadãos, que comece realmente a fazer o cruzamento dos dados contidos no "chip" que cada um trará dentro do bolso. Nada que não tenha acontecido antes.

Daqui a uns anos, inclusive, o mundo estará cheio de nostálgicos da liberdade. Gente que terá saudade do tempo em que podia festejar o Natal sem ser acusada de estar a insultar os muçulmanos e os ateus; gente que podia publicar cartoons e rir dos outros - que é uma actividade meritória. Haverá nostálgicos do tempo em que podiam fumar um cigarro ou um charuto, comer costeletas de novilho com osso, andar de minissaia sem ser apedrejada, ler um livro sem levantar suspeitas - enfim, sem ser controlado de alguma maneira por Entidades Reguladoras ou por chips electrónicos que armazenam cada passo que damos, cada fronteira que atravessamos, cada doença de que nos queixámos.

O ex-ministro Freitas do Amaral tinha razão na ocasião das caricaturas de Maomé ele antecipou um tempo em que teremos medo, medo real - e não medo apenas do seu dedinho espetado, pregando um ralhete aos seus concidadãos "que confundiam liberdade com libertinagem". Mesmo eu, que não sou católico, reconheço a ameaça policial que os fanáticos dirigem contra a celebração do Natal. Os jornais têm publicado queixas alarmantes de pessoas insuspeitas que relatam casos de auto-censura cada vez mais ridículos (em Espanha, houve escolas que proibiram festejos de Natal e em Inglaterra, Birmingham, a ideia de festejar o nascimento de Cristo foi considerada ofensiva). O ex-ministro Freitas do Amaral tinha razão: teríamos feito bem mandar queimar os "cartoonistas" dinamarqueses. Talvez ele também ache que a celebração do Natal seja uma agressão contra as hordas de desequilibrados que incendiaram embaixadas pelo Médio Oriente fora em nome da sua "ofensa". Tenham medo. Tenham medo verdadeiro desse tempo. Nada do que façam deixará de ser vigiado. Nada do que digam deixará de ser tido em conta. Nenhuma das vossas crenças deixará de ser considerada ofensiva. Nem mesmo no interior de nossas casa deixará de estar presente esse Big Brother politicamente correcto, vigiando o que comemos, o que comemoramos, o que dizemos.

Não contem anedotas, não consumam colesterol, não riam. Deixará de haver uma lei da República que vos garanta a liberdade de fazer; haverá, antes, uma lei que vos restringirá a liberdade de ser o que quiserdes ser. Em nome do Estado, do bem comum, das crenças absolutas dos outros - sempre com a bênção dos que sabem, por nós, o que é melhor para nós. Sim, estamos em guerra pela nossa liberdade.
Texto: Francisco José Viegas, Escritor

Artigo: Jornal de Notícias

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2006-12-23

Marrocos: Apreendidas três toneladas de cannabis

Cerca de três toneladas de cannabis foram apreendidas hoje a bordo de uma embarcação, nas imediações de uma praia de Nador, no Norte de Marrocos, informou a Armada Real, noticia a Lusa.

A Armada não fez qualquer detenção porque a tripulação da embarcação conseguiu fugir.
A 16 de Dezembro, a Armada marroquina tinha feito uma apreensão de cinco toneladas de cannabis, na mesma região.

Nador é apontado como ponto de partida dos carregamentos de cannabis para a Europa, através de Espanha.

Quarta-feira a Polícia marroquina confiscou uma quantidade recorde de haxixe, cerca de 11 toneladas, no porto de Tânger (Norte), tendo sido detidos dois presumíveis traficantes, um marroquino e outro holandês.

A planta de onde é extraída a cannabis é cultivada no Norte de Marrocos desde o século XV, estimando-se, actualmente, em 120.000 hectares a superfície plantada.

Notícia: Portugal Diário

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Aljezur: Lancha voadora aterra na praia

Foi ontem, por volta das 09h00, que José Marreiros abriu as cortinas do seu restaurante, situado junto à praia da Amoreira, em Aljezur, avistando, com surpresa um barco abandonado no meio do areal. O empresário chamou de imediato as autoridades, que verificaram tratar-se de uma lancha voadora, do tipo das que são usadas no tráfico de droga. A PJ de Portimão está a investigar o caso.
A embarcação, construída em metal, tem 13 metros de comprimento. Está equipada com cinco motores fora de bordo, a gasolina, com 250 cavalos de potência cada um. Três motores estariam a trabalhar quando a lancha voadora ‘aterrou’ na praia da Amoreira – os restantes encontravam-se içados.

A PJ está agora a investigar a hipótese de a lancha rápida ter transportado droga de Marrocos. A potência do barco permite efectuar a viagem desde a costa africana até ao Algarve em apenas três ou quatro horas.
Os sistemas de navegação (radares e GPS) tinham sido todos retirados, o que é feito para impossibilitar as autoridades de reconstituírem o percurso da lancha.

Tudo indica que algo correu mal aquando do descarregamento da droga, sendo de admitir que alguma potência a mais nos motores tenha atirado o barco para a areia.

“Tendo em conta o sítio onde o barco estava é provável que tenha acontecido na maré-cheia, pelas 03h00”, referiu José Marreiros.

Suspeita-se de que esteja em causa uma rede de tráfico de haxixe, que poderá ainda ter ligações a outras drogas. Segundo fonte policial, o tráfico com origem em Marrocos tem estado pouco activo, devido a quebras na produção de haxixe, mas está a ser reactivado. As autoridades espanholas, que dispõem de sofisticados meios de vigilância da costa, estão a colaborar com as portuguesas.

Texto: José Carlos Eusébio
Imagem: José Carlos Campos

Notícia: Correio da Manhã

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Cocaína no Aeroporto de Lisboa

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje a detenção, esta semana, de quatro homens e duas mulheres e a apreensão de cerca de cinco quilos de cocaína e uma pequena quantidade de haxixe no Aeroporto de Lisboa.

As operações foram realizadas pela Direcção Central de Investigação de Tráfico de Estupefacientes da PJ, em colaboração com a Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC).

Segundo um comunicado da PJ, foi detida uma cidadã nacional oriunda de Caracas, Venezuela, que transportava no fundo falso de uma mala cerca de três quilos de cocaína.
No âmbito da investigação entretanto instaurada, a PJ identificou e deteve “mais uma cidadã portuguesa igualmente envolvida no transporte do produto estupefaciente e um cidadão são-tomense que seria o destinatário final da cocaína apreendida e responsável pela sua comercialização na área de Lisboa”.

Em resultado de diligências entretanto realizadas pela Judiciária, foi ainda apreendida uma viatura de alta-gama, dinheiro, telemóveis e documentação diversa.

Presentes a tribunal, as duas detidas, de 21 e 22 anos, e o detido, de 26 anos, ficaram a aguardar julgamento em prisão preventiva.

Segundo a PJ, "o produto estupefaciente tinha como destino abastecer os circuitos de tráfico interno, prosseguindo a investigação no sentido de identificar outros possíveis envolvidos".

Simultaneamente, resultando de investigações autónomas, foram também detidos no Aeroporto de Lisboa dois homens (um venezuelano e um holandês), "após ter sido detectado que transportavam cocaína no interior do seu organismo: cerca de um quilo o primeiro e aproximadamente 600 gramas o segundo", adianta a PJ.

Foi igualmente interceptado e detido, com a colaboração da empresa de segurança que opera no Aeroporto de Lisboa, um cidadão português, advogado, quando pretendia embarcar para os Açores com "pequena quantidade de haxixe".
Por fim, no âmbito da detecção pela DGAIEC de uma mala contendo cerca de 14 quilos de cocaína em trânsito por Lisboa, tendo como destino final Barcelona, Espanha, foi possível à PJ concretizar, com a cooperação do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa e das autoridades de Espanha, "uma entrega controlada do produto estupefaciente que permitiu detenções no país vizinho e o desenvolvimento de uma investigação, tendente ao desarticular completo da rede criminosa".

Fonte: Lusa

Notícia: Público

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2006-12-22

DROGAS: Consumo entre jovens americanos continua a baixar

O consumo de droga entre os adolescentes americanos continuou a baixar em 2006 mas, à saída do secundário, cerca de um em cada dois adolescentes já a consumiu pelo menos uma vez, segundo um estudo anual publicado, esta quinta-feira.

O estudo citado pela Lusa, efectuado durante a Primavera pela Universidade do Michigan, foi realizado junto de mais de 48.000 alunos dos 8º, 10º e 12º anos, em 410 estabelecimentos de ensino público e privado em todo o país, e tinha por objectivo conhecer os hábitos de consumo de drogas do jovens no geral e no último mês ou ano.

Este ano, a proporção de adolescentes que havia consumido produtos ilegais no último mês, limitou-se a 14,9 por cento, ficando bem atrás dos 20 por cento registados em 1996, mas ainda superior aos 11 por cento de 1991.

Relativamente aos 19,4 por cento registados em 2001, a queda é de 23 por cento.

A droga mais consumida é maioritariamente a marijuana: 12,5 por cento dos jovens inquiridos declarou ter fumado este tipo de droga nos últimos 30 dias, o que representa menos um quarto dos 16,6 por cento registados em 2001.
Num registo bastante inferior, os adolescentes confessaram já ter consumido anfetaminas (3,1 por cento), ecstasy (1 por cento) e cocaína (0,9 por cento ).

Pela primeira vez, o questionário pretendia ainda saber se os jovens já tinham experimentado consumir medicamentos tradicionais de venda livre deturpados, como os anti-tússicos, tendo cinco por cento dos adolescentes assumido já ter experimentado.

Notícia: Portugal Diário

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Lisboa: Pai e filho detidos por tráfico de droga

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou, esta quinta-feira, a apreensão de 810 gramas de cocaína guardadas num apartado postal e a detenção de duas pessoas (pai e filho) que utilizavam aquele apartado como armazém/entreposto da droga, escreve a Lusa.

Os suspeitos em causa - pai e filho, respectivamente de 56 e 24 anos, sendo o primeiro comerciante e o segundo estudante - foram detidos no decurso de uma operação que contemplou buscas a um estabelecimento e a residências na zona da Lapa e de Campo de Ourique, em Lisboa.

Presentes à autoridade judiciária competente, o juiz decidiu colocar o jovem em prisão preventiva já que este, há menos de um mês, fora detido por suspeita de tráfico de estupefacientes, sendo então restituído à liberdade mediante a apresentação periódica à polícia.

Segundo a PJ, estas investigações da Direcção Central de Investigação do Tráfico de Estupefacientes (DCITE) surgiram no seguimento a uma outra iniciada em Novembro, relativa ao «achamento» de fardos de cocaína na costa portuguesa.

Entretanto, a PJ do Funchal deteve um homem do sexo masculino, de 40 anos, e apreendeu cocaína suficiente para a preparação de 70.582 doses individuais.

Foram ainda apreendidos 162.260 euros, uma pistola de calibre 6.35 mm e uma balança de precisão.

Por seu turno, a PJ do Porto deteve um homem de 56 anos, na posse de haxixe em quantidade que dava para 2.885 doses individuais.

Notícia: Portugal Diário

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2006-12-21

Santa Maria da Feira: CoffeeShop à Portuguesa

O Núcleo de Investigação dos Crimes de Droga (NIC-D) da GNR de S. João da Madeira deteve anteontem o proprietário de um café em Lobão, Santa Maria da Feira, que alegadamente vendia algo mais do que bebidas aos clientes.

A GNR acredita que o homem traficava estupefacientes ao balcão e apreendeu-lhe mais de 15 mil doses de haxixe, bem como mais de oito mil euros em dinheiro. O suspeito, de 30 anos, ficou em prisão preventiva.

A operação que recebeu o nome de código ‘Mó’ – por causa das mesas do café, feitas com mós de moinhos – foi desencadeada por oito elementos do NIC-D e iniciou-se cerca das 16h00.

Os oito agentes, entraram calmamente, procurando que a operação se desencadeasse sem criar grande aparato e evitando a fuga dos consumidores que já se encontravam no interior do café S. Martinho, ou daqueles que iam chegando.

O suspeito, que desde há cerca de um ano explorava o café, não ofereceu resistência. Havia haxixe na caixa registadora, mas as maiores quantidades estavam numa prateleira da cozinha e no seu quarto, nas traseiras do café.

Na cozinha, além da droga, foram encontrados alimentos em putrefacção.

O CM apurou que a venda de droga no café estava a provocar alarme social na vizinhança nada habituada ao ‘entra e sai’ de tão elevado número de pessoas.

DENÚNCIAS EM SETEMBRO
O alegado traficante, que se suspeita ser responsável pelo abastecimento de haxixe na região Norte de Aveiro, vendia a droga ‘calmamente’ ao balcão.

As primeiras denúncias aconteceram em Setembro e a GNR passou a vigiar o café. O suspeito, que tinha sido abastecido nos dias anteriores à operação, tinha na sua posse 1,243 quilos (6300 doses) de haxixe, 1,815 quilos (9100 doses) de pólen de haxixe – até dez vezes mais forte e mais caro do que o haxixe tradicional; logo, mais difícil de encontrar –, 336,6 gramas de liamba, 183 pastilhas de ecstasy, 0,2 gramas de MDMA (substância usada para a confecção de ecstasy) e 8260 euros em dinheiro.

Na mesma operação, a GNR identificou onze consumidores de droga que estavam no café e nas imediações.
Artigo: Francisco Manuel

Notícia: Correio da Manhã

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2006-12-20

Funchal: PJ surpreende dois rapazes na posse de 29 mil doses de haxixe

Dois rapazes, de 20 25 anos, foram detidos no passado dia 15 pela Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal do Funchal, por suspeita da prática de tráfico de estupefacientes, na qual resultou na apreensão de perto de 29 mil doses de haxixe.
A informação foi ontem divulgada em comunicado pela PJ, dando conta de que “no decurso das diligências levadas a efeito, recolheram-se fortes indícios que culminaram na detenção dos suspeitos e na apreensão de haxixe e de anfetaminas suficientes para a preparação de 28.900 e 123 doses individuas, respectivamente”.

Relativamente às medidas de coacção no âmbito do interrogatório judicial, um dos suspeitos ficou em regime de prisão preventiva e o outro com apresentações periódicas na Polícia mais próxima da sua residência.
Refira-se que ainda este mês a Polícia Judiciária deitou a mão a um outro jovem, de 20 anos, no Funchal, fortemente indiciado pela prática do crime de tráfico de estupefacientes, e apreendeu haxixe suficiente para a preparação de 24.890 doses individuais. O detido foi conduzido ao Estabelecimento Prisional a fim de aguardar nas condições de “prisão preventiva“ os ulteriores termos do processo.

Texto: Ferdinando Bettencourt

Notícia: Jornal da Madeira

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2006-12-15

Porto: Apanhados com 1.829 doses de heroína, cocaína e haxixe

No âmbito de uma acção policial de combate ao crime de tráfico de estupefacientes, na sequência de diligências investigatórias encetadas por elementos policiais, foram detidos anteontem três indivíduos. No Bairro do Aleixo, Porto, pelas 19H10, foi detido um homem de 26 anos, desempregado e residente no Porto e no Bairro da Biquinha, Matosinhos, pelas 10H45, foram detidos dois de 19 e 24 anos, residentes naquela mesma cidade.

Aos indivíduos foram apreendidos produtos estupefacientes denominados heroína , cocaína e haxixe, suficientes para cerca de 289 , 346 e 1194 doses individuais, respectivamente, assim como 2 telemóveis e a quantia de 892 em dinheiro. O primeiro detido foi ontem presente junto do Tribunal de Instrução Criminal do Porto e os segundos foram ouvidos no Tribunal Judicial de Matosinhos.

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2006-12-12

Jogos violentos associados a sintomas paranóicos

Estudo da University of Pittsburgh

Jogos de vídeo violentos podem aumentar a agressividade e paranóia em adolescentes do sexo masculino, revela um estudo da University of Pittsburgh, EUA.

Um estudo, liderado pelos professores Sonya Brady e Karen Matthews, da University of Pittsburgh, indicou que os rapazes tendem a ficar mais agressivos e paranóicos após se submeterem a algumas partidas de jogos violentos. O estudo também revelou que os jovens tendem a achar mais aceitável o consumo de álcool e cannabis após jogar algo violento.

O teste colocou 100 homens, entre 18 e 21 anos, divididos em dois grupos a jogar dois tipos de partidas diferentes: O primeiro, politicamente correcto, tinha como temática um projecto de ciências. No segundo, de roubo de carros, o jogador assumia o papel de um criminoso que tinha de espancar um traficante de drogas com um bastão de basebol.

Notícia: MNI-Médicos Na Internet

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Traficante chama a polícia para recuperar drogas roubadas

Um homem de Wichita, no estado americano do Kansas, foi preso a semana passada após ter ligado à polícia para comunicar o roubo das suas drogas

O roubo terá acontecido na quinta-feira, quando um cliente do traficante lhe roubou cerca de mil euros de marijuana, recorrendo ao uso de uma caçadeira.

O «homem de negócios» ligou à polícia para comunicar o roubo. As autoridades chegaram rapidamente... para o prender.
O cidadão, cujo nome não foi revelado, viu a sua casa ser revistada por polícias e cães, que encontraram mais substâncias e material relacionado com o consumo e venda de drogas.

O homem está agora detido na prisão de Sedgwick County, sob a acusação de posse e tráfico de substâncias ilícitas. Já o ladrão continua à solta.

Artigo de: pedro.guerreiro@sol.pt

Notícia em: Sol

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2006-12-10

VÍDEOS DA SEMANA

"HighLife 2005"



"HighLife 2004"



"EXPOCANNABIS @ Telecinco"

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Casal britânico é julgado por enviar chocolate com cannabis pelo correio

Um casal britânico foi acusado de "conspiração para fornecimento de droga" por enviar pelo correio tabletes de chocolate com cannabis para pessoas com esclerose múltipla de todas as partes do mundo.
Mark e Lezley Gibson, que moram em um distrito do noroeste da Inglaterra, organizaram uma campanha chamada "Ajuda Terapêutica com Cannabis para a Esclerose Múltipla".

Os dois criaram um site para a campanha (THC4MS) e, com a ajuda de um amigo, ofereciam barras de "chocolate medicinal com leite e cannabis, apropriadas para vegetarianos", informa a edição de hoje do jornal britânico "The Times".

Durante vários meses, o casal enviou 22 mil barras de chocolate de 150 gramas da marca "Canna-biz" para 460 endereços.
Em cada um dos chocolates, segundo a Polícia, havia aproximadamente 3,5 gramas de cannabis.

A operação foi descoberta quando um funcionário dos correios da localidade de Carlisle entrou em contato com o casal, pois um dos pacotes acabou sendo aberto durante a manipulação postal.

A polícia descobriu na residência do casal vários pés de maconha, equipamentos para a fabricação de chocolate, rótulos, vasilhas e uma lista de endereços.

Gibson, de 42 anos, sua esposa, que sofre de esclerose múltipla, e Marcus Davies, sócio no negócio, negaram o crime.

O promotor Jeremy Grout-Smith disse ao júri que, embora a atuação dos três tenha sido motivada por motivos altruístas, isto não os exime de serem responsabilizados pelo crime, cuja pena pode chegar a 14 anos de prisão.

Os três não eram traficantes de drogas no sentido convencional, pois vendiam os chocolates por acreditarem que isto ajudaria a aliviar a dor causada pela doença.
O júri, que ainda não deu seu veredicto, provavelmente levará em consideração o fato de um dos acusados, Lezley Gibson, sofrer de esclerose múltipla.

Notícia em: Ultimo Segundo [BR]

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BAC detém jovem com 300 doses de haxixe

Um jovem de 25 anos foi detido pela PSP na passada quarta-feira em São Roque, por suspeitas da prática de tráfico de estupefacientes.
A detenção ocorreu por volta das 22.00 horas numa acção normal de fiscalização desenvolvida pela Brigada Anti Crime (BAC) nas imediações de um estabelecimento comercial na Estrada Comandante Camacho de Freitas.
Segundo o que apurámos, nesta acção foram apreendidas uma quantidade de haxixe que daria para a feitura de cerca de 280 doses.

O detido permaneceu nos “calabouços” para ser sujeito a primeiro interrogatório judicial no dia seguinte com vista à aplicação de medidas tidas por adequadas para o efeito.

O processo segue os trâmites legais.

Texto de: Ferdinando Bettencourt

Notícia em: Jornal da Madeira

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2006-12-09

"I'm 120 but my joints are OK"

Uma GRANDE-BISAVÓ revela como viveu para chegar aos 120 anos de idade... fumando CANÁBIS TODOS OS DIAS!
Fulla Nayak – acreditando ser a mulher a mais velha do mundo – fuma “ganja” e bebe um fortissimo vinho de palmeira na sua cow-dung cabana na India.

Ela vive com a sua filha de 92 anos, e com o seu neto com 72 anos de idade junto do Oceano Índico

Fulla diz: “Não sei como sobrevivi tanto tempo. Muitos parentes muito mais novos do que eu já morreram.”

Notícia em: The Sun Newspaper Online

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2006-12-08

Canábis NÃO é o inicio para outras drogas!

Agência FAPESP – A maconha não seria a “porta de entrada” que leva ao uso de outras drogas, segundo um estudo de 12 anos realizado na Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. O pressuposto que acaba de ser refutado pela pesquisa tem sido a base das políticas de prevenção utilizadas naquele país por mais de 60 anos.
Os pesquisadores acompanharam 214 jovens que tinham, no início da pesquisa, entre 10 e 12 anos e eram usuários de drogas legais ou ilegais. Quando chegavam aos 22 anos, os jovens eram divididos em três categorias: os que usavam apenas álcool e tabaco, os que começavam com álcool e tabaco e depois usavam maconha e os que usavam maconha antes do álcool ou tabaco.
Dos indivíduos que usaram ao mesmo tempo drogas legais e ilegais em algum período, 28 exibiram o padrão de uso de marijuana antes do álcool e tabaco. De acordo com os pesquisadores, esses jovens não desenvolveram maior tendência ao abuso de drogas do que os que seguiram a sucessão tradicional de álcool e tabaco antes das drogas ilegais. O estudo será publicado na edição de dezembro do The American Journal of Psychiatry.

“Tanto o padrão do uso de maconha antes das outras drogas quanto o padrão contrário têm a mesma eficiência para se prever o futuro abuso de drogas”, disse o orientador do estudo, Ralph Tarter, da Escola de Farmácia da Universidade de Pittsburgh.

Os pesquisadores também procuraram identificar características que distinguiam os usuários de ambos os padrões. Das 35 variáveis observadas, apenas três apresentaram fatores diferenciais: os usuários que começaram com maconha antes de outras drogas tinham maior tendência a ter vivido em ambientes pobres, maior exposição às drogas na vizinhança e menor envolvimento com os pais.

Enquanto a teoria da “porta de entrada” supõe que cada tipo de droga esteja associada a um determinado fator de risco de futuro uso de outras drogas, a pesquisa indica que aspectos do ambiente têm influência mais forte do que o tipo de substância utilizada.

“Os programas de prevenção e as políticas de drogas deram maior ênfase à droga em si do que aos fatores de formação do comportamento da pessoa, que parece ser o mais importante. Para lutar de forma mais efetiva contra o abuso de drogas, deveríamos dar maior atenção às modificações de comportamento”, disse Tarter.

The American Journal of Psychiatry

Notícia em: FAPESP.BR

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2006-12-07

Madeira: PJ apreende perto de 25 mil doses de haxixe

A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal do Funchal, deteve um jovem, de 20 anos, por fortes suspeitas da prática de tráfico de estupefacientes.

O suspeito foi detido terça-feira, na área do Funchal, na posse de quantidades apreciáveis de haxixe suficientes para a preparação de 24.890 doses individuais.

De acordo com um comunicado da PJ, o jovem foi detido no âmbito de diligências levadas a efeito e que permitiram recolher fortes indícios que culminaram na apreensão da referida quantidade de droga.

O detido, natural e residente no Funchal, sendo primário na área criminal, foi ontem presente a primeiro interrogatório judicial, após o qual saiu em liberdade com as medidas de coacção de “apresentações periódicas” na Esquadra policial mais próxima de sua residência.

Texto de: Ferdinando Bettencourt
Notícia em: Jornal da Madeira

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2006-12-05

Miguel Beleza entre arguidos suspeitos de tráfico

O julgamento dos 38 arguidos da alegada rede de tráfico de estupefacientes, detidos na ‘Operação Party’, entre os quais se encontra Miguel Beleza Tavares (filho da ex-ministra da Saúde, Leonor Beleza), no Tribunal do Monsanto, em Lisboa, entrou na recta final.
Ontem, o juiz presidente Nuno Pacheco marcou já a audição das últimas testemunhas de defesa, para hoje e próximo dia 19 (manhã e tarde), a acareação entre alguns arguidos e elementos do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP (dia 19), reservando o dia 20 para as alegações e eventuais declarações finais de arguidos que entendam fazê-las.

Se necessário, a fase de alegações e declarações finais poderá eventualmente prolongar-se por mais um dia. Aliás, o juiz lembrou que a sala “está reservada para este julgamento no dia 21 de Dezembro” e avisou que o acórdão será complexo.

INICIADO HÁ DOIS MESES E MEIO

Com início a 26 de Setembro, estão em causa neste julgamento 38 arguidos, acusados de tráfico de estupefacientes (em especial haxixe). Apesar de detidos na mesma operação, não ficou nas audições provado que os arguidos se conheciam.

A principal arguida, Carla Filipe, detida com 86 quilos de haxixe, que transportava de Sevilha, manifestou-se arrependida e disse ter-se iniciado no consumo de drogas por influência do ex-marido, toxicodependente. Agora, argumenta ter iniciado uma nova relação afectiva e que está grávida de dois ou três meses.

Já Miguel Beleza foi detido com 16 gramas de haxixe, cujo baixo grau de pureza permite que seja considerado como quantia para consumo. A acusação sustenta, porém, existirem escutas telefónicas que indiciam a prática de tráfico (um outro arguido foi detido, em Linda-a-Velha, com 100 gramas de haxixe, depois de ter ido a sua casa, em Alvalade, Lisboa). Ficaram também por explicar as visitas a Marrocos (país produtor) referidas pela acusação.

ACÓRDÃO LIDO EM JANEIRO

Marcadas as últimas audiências do processo e as alegações finais, o juiz presidente, Nuno Coelho, advertiu os arguidos e advogados de que “o acórdão será complexo”, pelo que não será de esperar a sua leitura no habitual prazo de “uma semana”.

Nesse sentido, atendendo à quadra natalícia, Nuno Coelho avisou que o acórdão só deverá ser lido “após as férias judiciais”. Num primeiro momento, ainda disse “lá para finais da primeira quinzena de Agosto”, o que, de pronto, corrigiu para “primeira quinzena de Janeiro”, com a explicação de que associa “férias judiciais ao mês de Agosto”.

Ontem, de manhã e de tarde, as sucessivas faltas de testemunhas levaram o juiz a interromper a sessão pelas 11h00. À tarde, a mãe de uma arguida, a exemplo de sessões anteriores, atribuiu os consumos da filha a um período perturbado da sua vida, em que “chegou a sair de casa”, insistindo que a situação voltou à normalidade com o regresso à casa materna, após a morte do pai.

Texto de: Rui A. Chaves

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2006-12-03

Suíça defende política européia contra as drogas

Durante uma conferência ministerial em Estrasburgo, a Suíça propôs uma perspctiva mais global na luta contra a dependência de drogas.

A estratégia actual, baseada unicamente em um tipo de produto, é setorial em demasia.

A dependência às drogas deve ser enfrentada independentemente dos produtos que a provocam. Essa posição foi defendida pela delegação suíça em Estrasburgo (sede do Parlamento Europeu), durante uma reunião do chamado "Grupo Pompidou" de cooperação na luta contra a droga.

Ao final do encontro de dois dias, essa posição foi inscrita no programa de trabalho 2007-2008 desse órgão do Conselho da Europa do qual participam 35 países.


Dependência de vários produtos
Segundo Jörg Spieldenner, da Secretaria Federal de Saúde Pública (OFSP), é necessária uma perspectiva mais global porque há muitos policonsumidores, ou seja, pessoas dependentes de várias drogas.

A estratégia actual é basear-se em apenas um tipo de produto (heroína, álcool, etc) consumido. Portanto, ela é demasiado setorial.

"O interesse desse novo programa é que haverá um debate não somente sobre as substâncias ilegais mas também sobre as legais como álcool e tabaco, consumidas de maneira combinada com as ilegais", explica Diane Steber, especialista em drogas do OFSP, a swissinfo.

"Esse debate já começou na Suíça e sabemos que, de maneira geral, os jovens consomem ao mesmo tempo produtos legais e ilegais".


Concentrar-se nos jovens

Para o período 2007-2010, o Grupo Pompidou decidiu utilizar as novas tecnologias como internet ou as mensagens SMS para lançar mensagens de prevenção.

A estratégia também dará ênfase aos serviços específicos destinados não somente aos dependentes mas também aos consumidores ocasionais de drogas entre 18 e 25 anos.

"É um grande problema e o consumo não cessa de aumentar entre os jovens, inclusive na Suíça. A proteção da juventude, aliás, é um dos pontos da atual revisão da lei sobre os entorpecentes", cofirma Diane Steber.

Outras medidas adotadas pelo Grupo Pompidou visam analisar a ética dos testes de depistagem feitos nas escolas ou nos locais de trabalho e também aprimorar a qualidade dos dados coletados em pesquisas.

Uma melhor cooperação entre justiça, polícia, serviços sociis e de saúde pública também foi outro ítem discutido.

"Outros países têm os mesmos problemas que nós e vão na mesma direção da Suíça, conclui Diane Steber. O Grupo Pompipou é um fórum de discussão bem aberto para a troca de idéias, sem obrigação de chegar a um acordo".


Uma reunião em Berna, em 2007

No relatório anual publicado na semana passada, o Observatório Europeu das Drogas e Toxicomanias (OEDZ), destacou que o consumo de cocaína continua aumentando na Europa, com 3,5 milhões de pessoas que consomem pelo menos uma vez por ano.

A cannabis (22,5 milhões de consumidores) é, de longe, a droga mais consumida na Europa.

O consumo de cocaína e de maconha também cresce na Suíça desde o ano 2000. Segundo a OFSP, 2,9% dos adultos consomem cocaína uma ou mais vezes durante a vida.

No ano que vem, a Suíça organizará, em Berna, uma reunião do Grupo Pompidou dedicada à luta contra o tráfico de drogas nos aeroportos.

swissinfo com agências


GRUPO POMPIDOU
O Grupo de Cooperação na Luta Contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Entorpecentes (Grupo Pompidou) é um órgão criado em 1971 como iniciativa do ex-presidente francês George Pompidou.

O Grupo Pompidou reúne atualmente 35 países, entre eles a Suíça.

Em 1980, o Grupo Pompidou foi integrado ao Conselho da Europa.

Ele coleta e organiza informações a fim de acompanhar de perto a evolução das toxicomanias. Seu objetivo principal é contribuir à elaboração de políticas nacionais de luta contra a toxicomania que sejam multidisciplinares, eficazes, inovadoras e baseadas em conhecimentos validados.

O Grupo Pompidou é a única conferência ministerial européia sobre drogas da qual a Suíça pode participar, não sendo membro da UE.


SITES RELATIVOS


  • Grupo Pompidou no site do Conselho da Europa


  • Tabaco, álcool e drogas no site da Secretaria Federal de Saúde Pública


  • Instituto Suíço de Prevenção ao Alcoolismo e outras Toxicomanias


  • Noticía em: Swissinfo

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    2006-12-01

    Dirigente dos No Name Boys preso por tráfico

    'Maniche’ – alcunha dada por ser fisicamente parecido ao antigo avançado do Benfica – é dirigente da claque benfiquista No Name Boys. Sem profissão, o jovem de 27 anos foi anteontem detido pela PJ por tráfico de droga. Tinha, entre outras, uma pequena quantidade em pó de 2C-B, droga sintética alucinogénica nunca antes apanhada em Portugal.

    A Direcção Central de Investigação do Tráfico de Estupefacientes (DCITE) fez uma busca no Estádio da Luz, à sede dos No Name Boys. Lá foram encontradas 21 munições de calibre .38 e um bastão extensível – arma para a qual, de acordo com a nova lei, é necessária uma licença passada pela PSP, o que não se verificava.

    Segundo disse ao CM fonte da PJ, ‘Maniche’ foi apanhado no âmbito de uma das várias investigações autónomas em curso ao tráfico interno de drogas sintéticas em raves e ginásios de manutenção/musculação. A essas operações a PJ tem chamado ‘Erva Daninha’. ‘Maniche’ foi detido na ‘Erva Daninha IV’.

    “São pequenas estruturas que não estão ligadas, embora possam ter ocorrido contactos pontuais. Esta foi a quarta operação e outras virão”, assegurou a fonte.

    ‘Maniche’ admitiu serem dele as munições para revólver e o bastão extensível (com uma bola em ferro na extremidade e capaz de provocar lesões graves) encontrados no Estádio da Luz. O jovem não ofereceu resistência. O revólver “ainda não foi encontrado”.

    Em sua casa estavam 420 gramas de pólen de haxixe, 164 de liamba e pequenas quantidades de LSD, MDMA (ecstasy) e – pela primeira vez em Portugal – a droga sintética 2C-B (fenitilamina), bem como uma balança de precisão.

    A 2C-B é uma droga alucinogénica (proíbida em Portugal desde 2004) criada em 1974. Pode apresentar-se em comprimidos ou pó e tem um efeito erótico (chegou a ser vendida legalmente como afrodisíaco). Na rua é chamada ‘Eve’, ‘Venus’, ‘Bees’ ou ‘bromo-mescalina’.

    Em doses elevadas, o consumidor tem alucinações e vê os objectos a deixarem rastos luminosos e coloridos. A música ritmada faz aumentar os efeitos – que duram 4 a 8 horas. Em doses elevadas pode ser perigosa, embora seja considerada a menos danosa dos alucinogénicos.

    LSD, MDMA e 2C-B estavam em pó. “Embora, nessa forma, essas substâncias possam ser usadas para produzir outras drogas, acreditamos que seriam para consumo, uma vez que não há informações de que em Portugal haja algum laboratório de drogas sintéticas”, esclareceu a fonte policial. A PJ não esclarece onde é que ‘Maniche’ traficava: nas festas ‘rave’ que frequentava, na claque, ou em ambos os locais.

    A ‘Erva Daninha’ apanhou ‘Maniche’ ‘no caminho’. Inicialmente “não havia nenhuma suspeita contra ele”. “As desconfianças surgiram no decurso das investigações”, explicou a fonte da PJ.

    A DCITE tem várias equipas a trabalhar no fenómeno das drogas sintéticas – uma delas dedicada a recolher informação na internet, onde já se faz em Portugal o chamado ‘cibertráfico’ (traficantes e consumidores fazem contactos e encomendas de droga através da internet).

    CRIADOR ERA DA POLÍCIA

    Chamam-no ‘Dr. Ecstasy’. Alexander ‘Sasha’ Shulgin – farmacologista, químico e criador de drogas, de nacionalidade americana e origem russa, agora com 81 anos – foi o pai da 2C-B, entre centenas de outras drogas sintéticas. Estudou em Harvard, na Marinha e na Califórnia.

    Os seus dotes valeram-lhe uma colaboração efectiva com a DEA, a agência federal antidroga dos Estados Unidos. Experimentou todas as drogas que criou, relatando-as em livros – o mais famoso chamado PiHKAL (sigla americana de Fenitilaminas que Experimentei e Gostei), após a publicação do qual, em 1992, foi alvo de uma busca pela DEA.

    PREVENTIVA

    ‘Maniche’ já não vai hoje ver o dérbi com o Sporting. O tribunal mandou-o em preventiva.

    NATURALIDADE
    A PJ vê com naturalidade a ‘estreia’ do 2C-B em Portugal. “São tantas as drogas sintéticas que este caso não é relevante. As que faltam vão acabar por aparecer cá”, disse a fonte.

    'ERVA DANINHA'
    Nas operações ‘Erva Daninha’ foram presos oito suspeitos de tráfico em raves.

    OUTRO CASO
    Cinco membros dos SuperDragões, claque do Porto, foram detidos em Abril por tráfico nas ruas de Gondomar e em festas rave por todo o País.

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